JN o modo de fazer

           Vivendo nesse ócio resolvi fazer coisas que no dia-a-dia não daria muito tempo, retomei a leitura do JN Modo de fazer... e fazendo uma análise rápida até a página 123 (onde estou agora) eu cheguei a conclusão que esse livro pode ser considerado uma troca de experiências com “amigos” de profissão. Cada profissão com as sua particularidades e dificuldades, mas acredito que para alguém que não trabalha em televisão é bem complicado entender o que o William fala (e tenta explicar) sobre espelhos, scripts, escalada, vt, nota coberta ou nota simples. A todo momento a conversa parece ser de igual para igual, jornalista para jornalista.

           Assim é possível os profissionais da área chegarem a conlusão que em um telejornal que abrange apenas algumas cidades e não o país inteiro é até fácil fechar uma edição pelas poucas opções de notícia que temos e que eles, precisam administrar 10 vezes mais a quantidade de sugestões loucas para ir ao ar que eles recebem todos os dias. Mas ter opções que nem se comparam ao jornal nacional não quer dizer que podemos colocar tudo que aparece, as notícias tem que ser filtradas sempre, algumas delas dizem respeito a uma parte restrita da população e o que a gente quer é que o interesse em assistir o nosso jornal seja da população inteira. Já o JN não tem esse problema, lida com noticias que sempre são de interesse da maioria.

           Para os que não são jornalistas e leram ou pretendem ler o livro não se assuste, mude de profissão ai na prática vocês vão ver com quantas páginas desse livro se faz um telejornal!  E depois de tanto trabalho o “boa noite, até amanhã” é sinal de dever cumprido, o jornalismo é fascinante!  

Parabéns Caruaru, parabéns tv jornal!

           Com o dia-a-dia conturbado e a rotina sem folgas é quase impossível acompanhar o trabalho que faço todos os dias, agora tendo a oportunidade de acompanhar os telejornais posso não acompanhar o meu, mas o trabalho dos meus colegas... tanto da tv jornal como da tv asa branca, isso mesmo! Ao contrário do que muitos pensam somos todos colegas.. não somos inimigos por sermos concorrentes.

           Essa semana é de homenagens a Caruaru e eu gostaria de chamar a atenção para a homenagem da tv jornal, a série de 3 reportagens, planejada com bastante antecedência, foi pensada para deixar o telespectador com orgulho de morar nessa cidade, vendo do ponto de vista do repórter o que tem de melhor na capital do Agreste. A princípio eu também iria fazer uma matéria especial e não pretendia ver essa série como telespectadora, mas foi isso que aconteceu e, do ponto de vista de uma telespectadora, eu acho que alcançamos o nosso objetivo!

           A criatividade e alegria de Izabela Barbosa falando sobre o forró, a autenticidade de Fernando Rodolfo percorrendo a feira e a ousadia e sensibilidade de Luciana Queiroz sobre a riqueza cultural.      

           Todos que fazemos a tv jornal temos orgulho de morar em Caruaru e podem ter certeza meus amigos que Caruaru também tem orgulho dessa equipe!

Podemos não ter o padrão Globo, mas com certeza também temos padrão de qualidade! Parabéns!

Beijos a todos.

Foto: Parte de uma grande equipe!

São Pedro está sendo xingado em vão!

O dia começa e o sol é quente já às 8 da manhã. De repente, bem de repente, o tempo começa a fechar e a chuva começa a cair, consigo identificá-la pelo barulho que estou escutando pela janela. Esse barulho da água caindo e aquele cheiro de terra molhada que não precisa estar na zona rural para sentir dá uma sensação de tranqüilidade, de paz!

Para aqueles que são adeptos de uma soneca no meio do dia então (o que não é o meu caso) não tem coisa melhor ficar debaixo de um cobertor aproveitando esse clima de pré-inverno, em contrapartida começo a pensar naqueles que, no lugar de relaxar vendo a chuva cair, por essas horas estão tentando salvar não só os cobertores, mas também as camas, as geladeiras, os sofás e talvez as próprias vidas!

Quase 11 meses depois daquele tenebroso 18 de junho, a chuva já começa a dar o ar da graça e os primeiros sinais de mais um inverno pesado estão aparecendo. Aqueles que conseguiram voltar pra casa depois de ter “reconstruído” a vida... lá estão deixando tudo pra trás de novo! Até quando? Quantos invernos vão passar para uma atitude ser tomada? Mas de quem é a culpa?  Dos que moram as margens do rio? mas essa é a única opção que eles tem... se eles tivessem outra saída não estariam vivendo prestes a serem engolidos pelas águas do rio. É melhor o governo descer do elevador, colocar os pés no chão para olhar esse povo de frente antes que ele seja arrastado de novo!  São Pedro faz a parte dele, os da terra que se cuidem!

Tudo vai passar... vai sim!

           Certas coisas acontecem na nossa vida e nos perguntamos o porque? Mas a pergunta certa seria para que?  Como diria Jota Quest.. “tudo que acontece na vida tem um momento e um destino”  é isso ai... nada acontece por acaso Deus sempre tem um propósito na nossa vida! E hoje, apesar dos pesares posso me considerar vitoriosa por estar aqui...  depois, talvez daqui a pouco tempo ou muito tempo eu vou entender o motivo disso tudo!

           A recuperação é difícil, principalmente quando se tem uma vida ativa e de repente ela desmorona e fica a base de uma cama e, no máximo, uma cadeira confortável. O barulho do relógio é o meu consolo, ele me indica que o tempo está passando, mesmo que devagar.

           Conto com o apoio de muitos, os que vem me ver... que encontro nas redes sociais, que me ligam, me mandam mensagem ou simplesmente os que pensam e torcem por mim!  pude perceber que tenho uma família maravilhosa e verdadeiros amigos, aqueles que vão das baladas até as horas difíceis, mas o pior já passou... Cada dia que passa é um a menos de sofrimento e cada dia que nasce é uma esperança que se renova! Logo logo tudo vai voltar ao normal... nem tudo porque nada mais vai ser como era antes!